Que futuro para o futebol amador

O Concelho de Matosinhos já foi um expoente máximo do Futebol Amador e podemos referir clubes que poderão voltar à actividade em caso de apoios como, Leões da Agra, A Portuguesa de Leça, Senhor do Padrão, para falar em clubes que colocaram Matosinhos no topo ao sagrarem-se campeões do amador, Atlética de Telheiras, Praia de Matosinhos, Juventude de Matosinhos, Juventude Guifonense, Juventude de Telheiras entre outros não esquecendo a campeã Facar. Alguns destes clubes foram desaparecendo desta actividade devido ao encarecimento e faltas de apoios tanto do sector privado como público.
Sobre os custos de inscrições, multas e documentação, é inadmissível os mesmos custem para o futebol amador como para o futebol distrital.
Por isso os clubes amadores devem unir-se e solicitar diante a Associação de Futebol de Porto um regime de excepção para o futebol amador de modo a fazer deste uma equivalência idêntica nesta matéria para o futsal ou futebol de formação.
Naquilo que a Câmara pode fazer, é, desde já, ou seja a partir da próxima época a equivalência do Futebol Amador com o Futebol de formação onde as inscrições são suportadas pela edilidade.
Esta medida faria com que os clubes amadores não tivessem de pedir empréstimos bancários para o pagamento das inscrições. Este pedido é legítimo pela nossa parte, porque não podem nem devem comparar o Futebol Amador que o Aldeia Nova e outras tais praticam, com o Futebol Distrital como por exemplo o Perafita, menciono este nome não por qualquer método depreciativo mas sim por ser um clube do distrital, até podem fazer condições para que essas inscrições possam ser pagas pela Câmara, como por exemplo, parte dos plantéis serem constituídos por jovens do Concelho que iniciem as primeiras épocas do futebol sénior que não encontrem colocação nos seus clubes de formação ou então para que um clube amador possa ter esses benefícios, venha a ter pelo menos uma equipa de formação, mas para que esta solução fosse possível, o Concelho deveria ter parques desportivos para a prática do Futebol que têm sido esquecidos ou ficado na gaveta em prol da proliferação dos Pavilhões Gimnodesportivos que não criticando esta politica, os amadores sentem-se defraudados com a promessa desses parques nunca efectuados.
Apesar ainda não ter conseguido estas pretensões, o futebol amador já conseguiu algumas vitórias, como por exemplo o policiamento que veio beneficiar todo o desporto amador.
Não querendo os louros para mim, fui eu, que em nome do Futebol Amador, contactei directamente todos os grupos parlamentares na Assembleia da Republicas dando motivos suficientes a dois grupos parlamentares (que pela iniciativa e terem dado seguimento à minha pretensão, ficava mal da minha parte não dizer quais foram os grupos parlamentares posteriormente me contactaram e avançarem com processos de modo a que o policiamento fosse totalmente grátis) falo do Grupo Parlamentar do PCP e do PS, também fui contactado pelo Bloco de Esquerda mas não me fizeram chagar às mão o processo de intenções como fez o PS e o PCP, infelizmente não conseguimos essa pretensão mas numa altura em que o estado subsidiava em 30% e falava-se que esse subsidio iria passar a ser apenas 10%, com a luta travada inicialmente pelos clubes amadores e posteriormente seguida pela A. F. Porto o subsídio foi aumentado para 50%.
Este aumento de benefício, não foi só para o futebol amador mas sim para todo o desporto dito amador como por exemplo o futebol distrital que em certos clubes não se podem chamar de amador devido aos vencimentos pagos a jogadores que são superiores ao ordenado mínimo nacional. Mas apesar de terem sido beneficiados pela luta do futebol amador e aqui vou falar concretamente dos clubes do concelho que tiveram os seus parques desportivos francamente melhorados, com dinheiros ao abrigo de pacotes comunitários e dinheiros públicos, este fecharam-nos as portas como se os amadores não existissem.
Antes de terem os seus parques melhorados, estes clubes até contactavam quem de direito para os amadores jogarem nos seus campos, agora fecham-nos, ignorando uma directiva nos contratos dos apoios comunitários que deveriam abrir as portas por um período de tempo de forma gratuita para a prática do desporto publico incluindo clubes amadores sem campo.
Mas como tudo na vida o novo-rico esquecesse facilmente que já foi pobre.
Para terminar e como amante do futebol amador gostaria que o nosso Concelho tivesse infra-estruturas suficientes para a prática desportiva amadora e não só para equipas altamente profissionais como o basquete do Porto e escolinhas de futebol de “figuras” conhecidas. Que obrigarão os clubes que receberam piso sintético no cumprimento de uma norma no contrato, onde são obrigados a abrir umas horas por semana as suas instalações a clubes amadores.
Gostaria que a Edilidade suportasse as inscrições de todos os atletas amadores nas respectivas associações e federações e não só das camadas jovens pertençam elas ou não a clubes com gestão profissional.
Gostaria que a Edilidade criasse um gabinete de apoio ao desporto amador de forma que o possam ajudar com apoio administrativo, técnico, desportivo e jurídico, desde as escrituras de constituição dos clubes, sua filiação nas associações e federações, inscrição de atletas, organização de jogos, requisição de policiamento, aconselhamento e patrocínio jurídico. Com um gabinete assim os dirigentes amadores não tinham tanta perda de tempo, que o prejudicam no seu dia-a-dia e no trabalho.
Gostaria que a Edilidade criasse condições para que os atletas dos clubes amadores possam utilizar piscinas e ginásios municipais de forma gratuita.
Com estas pretensões sobre o nosso município e também com o apoio da A. F. Porto ao criar um regime de excepção para o Futebol Amador, poderíamos então dizer que Matosinhos é a Capital do Desporto em Portugal.