Corrupção? onde?

A montanha pariu um rato

O Distrital é o mais recente e inovador jornal que só escreve sobre os distritais da A. F. Porto, veio assim colmatar uma falha na informação escrita que desde sempre existiu. Como homem do desporto distrital, sou leitor desde o primeiro número e acreditam que já estranhava após um mês de serviço, não ter existido o tema corrupção da forma tentada.

Ando nos meandros futebolísticos á algum tempo, ainda não atingi a maioridade no dirigismo e na informação desportiva, mas já ouvi muita coisa directa e indirectamente sobre alguns casos que deveriam ser investigados, mas a falta de provas e sustentabilidade das acusações, sempre as considerei boatos com excepção de uma que quando era dirigente desportivo num clube de topo no futebol amador, onde um clube arranjou um esquema qualquer que o seu avançado expulso no jogo anterior ao nosso, não aparecesse na ficha de jogo como expulso mas sim um seu colega já que o atleta expulso fazia muita falta para o jogo seguinte. Fui informado disso antes do jogo porque jornalistas juraram a pés juntos que esse atleta tinha sido expulso e estava a jogar contra nós, coisa que não podia acontecer. Contudo não avancei com queixa nenhuma porque o que tinha em mãos era palavra contra palavra porque na ficha de jogo quem tinha sido expulso teria sido um outro jogador e não aquele que foi mesmo expulso segundo os jornalistas. Não haveria provas de facto e depois se avançasse com essa acusação não sei até que ponto que aqueles que me informaram iriam até ao fim ou não, assim sendo a prudência foi a melhor conselheira e por não conseguir provar tal acusação calei-me e já lá vão três ou quatro anos.

A difusão deste episódio é para dizer, que acusações “diz que disse e que afinal o acusado diz que nada disse”, é lamentável que alguém queira fazer notícia disto, não estou a acusar directamente o jornal pois este tem de sobreviver com ou sem notícias bombásticas, mas sim quem ao abrigo de uma brincadeira queira ser notícia.

Este tipo de acusações “verdades ou não” vir para a praça pública fica pior quem acusa do que o acusado, se não vejamos, segundo a notícia um atleta de um clube aliciou durante o jogo um seu adversário a cometer uma grande penalidade por um determinado valor, como não deu resultado aumentou a parada para o dobro. Isto é o mesmo que um adversário se dirija a um atleta durante o jogo e diga ao seu adversário directo que por ser casado diz que a mãe dele anda metido com alguém. Como esta provocação não surgiu efeito desejado o atleta volta à carga e diz que não só a mãe anda metida com alguém como esse alguém anda metido com a sua mulher, mas tudo isto dito ao ouvido. Das duas uma, o atleta que ouve esta provocação risse e goza com a situação e fica por cima ou passa-se dos carretos e faz uma falta grave ou agride provocando a sua expulsão.

Pelos visto este aliciamento não deu o efeito desejado, porque o atleta aliciado marcou o golo com que o jogo terminou empatado.

São estas notícias que destabilizam o futebol distrital e não é preciso muita fruta para por tudo na lama, penso que os dirigentes e atletas que denunciaram esta brincadeira a um órgão de comunicação social e não aos órgãos competentes prestaram um mau serviço ao futebol distrital. até acredito que ouve alguma conversa durante o jogo entre os dois atletas, mas levar uma conversa de desestabilização emocional de um adversário para corrupção é coisa de inocentes ou o atleta aliciado pensava mesmo que se fizesse a falta para a grande penalidade iria ver a cor do dinheiro? E perguntasse também o porquê desta notícia só agora quando o jogo em questão foi a 22/04/2007 e o campeonato já terminou há mais de uma semana?

Para finalizar, penso que o Conselho encarregue de averiguar esta situação, caso siga algum ofício a denunciar esta pseudo corrupção, faça com todo o rigor e caso não se prove, deve este Conselho punir bem punido os dirigentes e atletas que por causa de cinco minutos de fama desestabilizam e ponham em causa a verdade desportiva.

E assim anda o dirigismo português, já disse muitas vezes que os dirigentes desportivos profissionais não são virtudes para ninguém, mas continuo a pensar que os dirigentes amadores gostam de copiar os profissionais, mas o mais grave é que só imitam os maus exemplos.